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Após a sua descoberta, a varfarina tornou-se um dos rodenticidas mais usados.[7]​​ Os animais, após ingerirem o xenobiótico acabam por morrer devido a hemorragias internas, causadas pela diminuição da capacidade coagulante do sangue e de danos causados a nivel capilar. Antes da morte do animal, este exibe sinais de fraqueza devido à perda de sangue apesar de não se verificarem alterações significativas no peso e apetite do animal. Devido ao efeito lento da varfarina não ocorre o fenómeno de “bait shyness” no qual os animais associam a morte dos seus pares com o alimento ingerido.[8] Este fenómeno ocorre como uma defesa dos animais em resposta à sua incapacidade de vomitar pelo que, quando apresentados a um alimento novo, estes apenas o ingerem em pequenas quantidades iniciais até o considerarem seguro e nutritivo. 

A exceção a esta situação prende-se com a designada “transmissão social de preferência de alimentos” em que o rato é capaz de identificar o alimento como seguro a partir do odor do ar exalado por outro rato que o tenha ingerido previamente. Isto acontece porque o odor dos alimentos liga-se por ligações dissulfeto ao ar expirado pelos ratos.

No caso da varfarina, como o efeito letal demora alguns dias, os animais não o associam ao alimento.[8]​

Por outro lado, o fato do efeito letal ser lento também funciona como vantagem a nível de segurança, uma vez que permite tempo suficiente à administração do antídoto de vitamina K em caso de envenenamento acidental de outros animais.

A varfarina, bem como outras substâncias que partilham o mesmo mecanismo de atuação são designados de rodenticidas anticoagulantes de primeira geração. São de efeito crónico e necessitam de várias administrações durante dias para efetivarem o seu efeito letal.

A grande utilização e regularidade de uso deste rodenticida propiciou o aparecimento de resistências, tendo sido registado o primeiro caso na Escócia em 1958. Geralmente, os ratos que desenvolvem resistência à varfarina também o fazem aos outros anticoagulantes de primeira geração. Esta situação levou ao desenvolvimento de outras substâncias como a bromodiolona, que viria a integrar a nova classe de anticoagulantes de segunda geração, mais potente que a sua antecessora.

Rodenticida

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